segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Caixa de entrada - uma nova mensagem para você

{Nós, amores e muito blá, blá, blá}



Oi... tô em pleno escuro total de um blackout de verão e com saudades de falar com você. Saudades de dizer coisas intermináveis e um tanto cansativas, mas não tenho créditos e nem Wi-Fi, então resolvi escrever em modo de armazenamento e transformar isso em um e-mail futuro, no caso este que você acaba de receber e que eu espero que esteja lendo. 

Engraçado, o primeiro e-mail que te mando, apesar de já ter escrito várias cartas (nunca enviadas) e um seleto número de SMS’s. Estava pensando em tudo que aconteceu nos últimos cinco anos, a saudade que sinto de pequenos momentos de reconexão e outras situações cheias de amenidades. 

Como você está de verdade? Sem o trivial e pragmático "bem" automático? Tem sonhado e feito planos felizes? Liberado sorrisos espontâneos? você tem uns ótimos, sabia? 

Estou com calor e parece estranho porque há poucas horas estava com um frio chato e um tanto inusitado para essa época do ano, agora tô aqui torrando de calor, em pleno escuro total e ouvindo uma cantoria indistinta ao longe... não sei se é um cântico religioso ou alguma mini manifestação popular, só sei que as pessoas estão alvoraçadas enquanto estou com calor, sem sono e te escrevendo às 00:23h

Descobri a origem da cantoria: hinos protestantes, ou seja, a igreja está fervorosamente reunida em pleno blackout e eu não consigo dormi. Então, continuo a imaginar que posso falar com você, quando na verdade, o máximo que conseguiria a essa hora e com R$1 de crédito, seria dizer "oi, tudo bem?!" E caso você respondesse, ficaria daqui frustrada por não poder iniciar uma longa e divertida conversa, coisa que eu não tenho certeza se realmente aconteceria dessa maneira, afinal, estamos no início de uma reconciliação. 

Gosto de sonhar com o dia em que a gente passa a ter uma relação de amizade normal. Compartilhando momentos, segredos, sonhos e se vendo com mais frequência, um daqueles amigos que já viveram de tudo e sabem quem são uns para os outros. Depois me lembro que no fundinho sabemos que nunca seremos desse tipo, pelo menos eu sei. A gente já se quebrou demais ao longo do caminho e no fundo, nossas personalidades não permitem esse tipo de convivência. 

Precisamos de distância e algum isolamento pra manter a consciência intacta. Sabe, tenho tantas coisas que queria te perguntar... Mas prometo que não farei isso hoje. Na verdade, contra minha vontade, sinto que preciso parar por aqui. Já falei demais e não disse 1/3 do que seria interessante dizer.

Eu te disse: estou com saudades de conversas intermináveis, mesmo que a essa hora e por esta ótica, isso se encaixe mais como um longo monólogo. Sinto falta de falar com você sem receios, sem freios. 

Sinto falta de você... 

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