quarta-feira, 30 de novembro de 2016

{Filme} A Garota no Trem

Assim que soube que "A Garota no Trem", trailer de suspense da Paula Hawkins viraria filme, meu interesse pelo livro aumentou ainda mais. Entretanto, só consegui começar a ler o livro, poucos dias antes da estreia do filme e aí, pra meu azar, eis que meu Kindle quebrou e não consegui terminar de ler "A Garota no Trem", antes de assisti-lo, mas, vamos lá falar do filme mesmo assim.



Teoricamente, "A Garota no Trem" é uma história de suspense que mexe um pouco com a concepção inicial que a gente tem das pessoas e coisas, com base na visão do outro ou apenas naquele contato externo.

Rachel é a personagem principal e interpretada pela Emily Blunt (O Diabo veste Prada), a jovem sofre de alcoolismo e enfrenta uma fase difícil em sua vida pessoal, já que a cerca de dois anos, acabou se separando do marido após traições e algumas brigas. Todos os dias ela pega o trem até o centro da cidade, que no filme seria Nova York, mas se não me engano, no livro é Londres.  As pessoas pensam que ela vai todos os dias até a cidade para ir ao trabalho, entretanto, as viagens diárias são para frequentar bares e pubs, já que Rachel acabou perdendo o emprego por causa do alcoolismo.

Inicialmente, a gente cria uma visão deturpada sobre a personagem. Ela bebe compulsivamente, não admite que tem um vício e esconde sua real situação de todos. Não bastasse tudo isso, ainda tem o inconveniente de toda vez que toma um porre na madrugada, Rachel,importuna o ex marido, Tom e sua esposa, Anna. Toda a trama inicial em torno das "loucuras" de Rachel, são um bom preparatório pros momentos seguintes de investigação, tensão e ansiedade. Vejam os seguinte: durante as viagens de trem, Rachel, sempre observa a rotina de um casal que vive próximo a linha de trem e que mais tarde a gente fica sabendo que são vizinhos de Tom e Anna, mas voltando ao tal casal, Rachel desenvolve uma certa afeição pelos dois e aí, numa manhã não muito boa, ela acaba flagrando a mulher em uma situação complicada e logo em seguida descobre que a mesma está desaparecida, porém, sabe-se lá porque (eu sei hahahaha), ela fica com a sensação de que deve fazer algo a respeito e, é aí, que o filme deslancha de vez.



Quando Rachel começar a se envolver com os acontecimentos em torno do sumiço da moça e começar a fazer contato com as pessoas próximas a esta, a gente tem todo um cenário montado e a espera de olhos atentos para desvendar não só o desaparecimento, como, alguns fatos sobre a vida da própria Rachel.

A gente sente que a história vai ferver e eu diria que pros não acostumados a trailers e histórias de suspense nível Agatha Christie, este filme é incrível e tem um desfecho surpreendendo, porém, pra mim, como boa apreciadora de trailers e viciada em Hercule Poirot e contornos inusitados, não achei nada demais. Foi um suspense fácil de montar as peças e de tão "na cara", cheguei a duvidar que fosse possível ser daquele jeito, mas foi. Foi simples demais, pra mim, porém, não consideraria uma história ruim. Apenas, achei simples demais.

 Não sei como ocorre a condução dos fatos do desfecho no livro, no entanto, não creio que a história tenha sido muito alterada. Tirando o desvendar dos acontecimentos a cerca do desaparecimento da vizinha de Tom e Anna, os demais fatos são surpreendentes e de deixar qualquer um de queixo caído. Estes desdobramentos da história, principalmente, sobre a real situação da Rachel durante o casamento com Tom, foi o que me fez considerar "A Garota no Trem" uma história razoável.

 Não que ela seja incrível, mas também, não é completamente dispensável. Vale à pena assistir e ler o livro, apesar de ser um pouco confuso na apresentação das personagens femininas e suas histórias pessoais, ainda sim, é uma trama boa, porém, nada demais que você já não tenha visto por aí. Uma coisa legal é que não rola umas viagens sem pé nem cabeça. Focando no elenco principal, no caso, os três personagens masculinos e as três femininas, tudo se desenrola muito bem.


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